sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS
DCHT- CAMPUS XVI – IRECÊ
Prof.ª Valnice Paiva
 
 
EDUCAÇÃO E ARTE
(MUSICAlIZAÇÃO INFANTIL)

 
Emanuela Rios Pereira
Fabíola dos Santos Souza[1]

 

 

          A música em sala de aula permite que o aprendizado ocorra de forma dinâmica, hoje o uso da música no espaço escolar juntamente com sua aplicabilidade em dinâmicas, brincadeiras e atividades estimulam a aprendizagem e a imaginação, bem como incentivam a interação e a comunicação dos alunos entre si. Embora a aplicabilidade da música na sala de aula seja frequente e sedutora cabe uma discussão nos campos da educação e da música trazendo reflexões sobre a aprovação da lei 11.769/08, que determina o uso da música como conteúdo curricular obrigatório na educação básica. Desde a aprovação dessa lei não tornou-se público quais iniciativas vêm sendo tomadas pelo governo para preparar profissionais para trabalhar com a música nas escolas, que a princípio poderia apenas ser ensinada por profissionais formados especificamente na área musical, mas de acordo com o que é explanado no vídeo “curso CPT musicalização infantil”  que para iniciar as aulas de musicalização infantil não é preciso ter necessariamente graduação em música, uma vez que a mesma possui outros caminhos para ser explorados além da teoria musical propriamente dita e levando em conta a escassez de professores com tal qualificação, e considerando que há no mercado ótimos profissionais - autodidatas ou com qualificação informal - capacitados para lecionar, mas que não possuem formação acadêmica, ampliaram-se as vagas também para esses professores sem formação acadêmica em música. Cabe questionar como estabelecer um vinculo desse novo componente curricular com a música que já é tradicionalmente trabalhada na escola, através de cantigas, jogos e atividades.

           A capacidade de absorver e aprender torna-se agradável e descontraída, fugindo das repetições e monotonia do dia a dia da criança, por tudo isso a música pode tornar o aprender prazeroso e atrair a criança para um contexto na qual ela seja capaz de socializar com outros, imitar sons e proporcionar movimentos com o próprio corpo. Os momentos de troca e comunicação sonoro/musicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a criação de vínculos fortes tanto com os adultos quanto com outras crianças e até mesmo com a própria música. Portanto, a música pode contribuir para tornar o ambiente escolar mais alegre e favorável à aprendizagem, propiciar uma alegria que seja vivida no momento presente e isso é a dimensão essencial da pedagogia, e é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, compensados e recompensados por esse ambiente.

          Como podemos perceber até o presente momento, a música pode ser trabalhada em várias áreas da educação, como português, matemática, geografia, história e na própria disciplina de artes até mesmo de maneira interdisciplinar, no entanto, para atingir essas áreas o professor poderá atribuir atividades que contribuem para que o indivíduo aprenda a viver na sociedade, abrangendo aspectos comportamentais como disciplina, respeito, gentileza, civilidade, valores e aspectos didáticos, com a formação de hábitos específicos, tais como os relativos a datas comemorativas, cores, números, noções de higiene, a manifestações folclóricas, poesias, análise, síntese, discriminação visual e auditiva, coordenação viso motora, ou seja, atividades que facilitarão a aprendizagem, fixando assuntos relevantes, unindo o útil ao agradável. De acordo com um dos vídeos visualizados no you tube “musicalização infantil e expressão corporal” que diz que as crianças realizam movimentos com o corpo enquanto ouvem músicas onde as mesmas direcionam esses movimentos e conduzem brincadeiras e atividades, sendo de grande importância para o aprendizado, a partir disso presume-se que o trabalho com música é indubitavelmente recomendado para crianças que estão na educação infantil.

          Os conteúdos relacionados ao fazer música devem ser trabalhados em situações lúdicas, como já mencionado, fazendo parte do contexto global das atividades, pois quando as crianças se encontram em um ambiente afetivo no qual o professor está atento a suas necessidades, falando, cantando e brincando com e para elas, adquirem a capacidade de atenção, tornando-se capazes de ouvir, imitar, interagir e constituir personalidade através da música atrelada a outros fatores da educação.

IRECÊ
2014



¹Graduandas em pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia DCHT XVI – VI Semestre
 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

                                                                   O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
A experiência com música deve acontecer antes do aprendizado do código convencional. Na música podemos perceber, sentir, imitar, criar e refletir. Ela mexe com os nossos sentidos e pode interferir no nosso modo de agir e pensar.
A música tem um papel importantíssimo no processo de formação de um indivíduo. É muito valioso que crianças tenham contato com esta arte desde pequenas, e que ela seja inserida no currículo escolar.
Muitos professores usam a música para ensinar conteúdos de geografia, história e até matemática aos seus alunos. No processo de alfabetização, isso acontece ensinando as letras, brincando com as palavras em forma de música, o que é também uma forma de chamar a atenção daqueles alunos inquietos na sala de aula.
Mas a música na educação tem muito mais importância do que isso, cientificamente comprovado, ela estimula diversas áreas do cérebro, e facilita o aprendizado. A iniciação musical é de extrema importância, e ela deve acontecer o mais cedo possível.
Desenvolver a musicalidade nas crianças com a faixa etária de 3 a 10 anos é muito importante não só para que se tornem artistas de grande talento, mas para que outras áreas do cérebro sejam estimuladas também.
De acordo com Gardner a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área de raciocínio lógico-matemático, pois as conexões nervosas acionadas ao se executar uma obra clássica são muito próximas daquelas usadas ao se fazer uma operação aritmética ou lógica. A música é uma das ferramentas mais potentes para estimular os circuitos do cérebro. Além disso, contribui para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
A música compõe o cotidiano do ser humano por sermos envolvidos emocionalmente pela letra e melodia. Ela libera em nós personagens que são carregados sem ter a consciência de que existem (inteligência intrapessoal). Fazendo uso deste poder da música sua utilização no aprendizado de novas línguas pode ser bem sucedida. A música pode ainda ser usada apenas como uma ferramenta lúdica, se levada em consideração, à hipótese de que o aprendizado ocorre como resultado de um processo sem tensão ou ansiedade. Pode-se afirmar ainda, que a música contribui para aumentar a qualidade da relação entre professor e aluno (inteligência interpessoal).
O uso apropriado da música como ferramenta didático-pedagógica oferece aos alunos a oportunidade de integração das quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e escrever, bem como permite a revisão de vocabulário e estruturas gramaticais, pois retratam a língua no seu contexto real (inteligência lingüística). Além disso, permite aos alunos a discussão dos aspectos lingüísticos e culturais da língua encontrados na letra.





                            MUSICALIZAÇÃO: FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO SABER
A musicalização é um processo de construção do conhecimento musical, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, estimulando e contribuindo para a formação física e emocional do indivíduo. A música sempre deve estar interligada a outros tipos de arte, como por exemplo, a pintura, escultura, teatro e dança. A educação musical deve ser inter e multidisciplinar, assim como as técnicas pedagógicas, adaptadas a cada realidade, sem esquecer-se do conteúdo humano e social da música.
Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção. Um exemplo é usar técnicas teatrais durante o canto. Pode-se pedir para que elas imitem um animal ou o movimento de um carro.
Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a seqüência de movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata do que acabou de ser dito, mas que por vezes torna-se difícil pelo acúmulo de informações.
Não podemos nos esquecer também que para a aprendizagem ser eficiente é necessário que tenhamos uma metodologia adequada para determinado público. É necessário dividir a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto com as demais aprendidas.


                                                                            DE ONDE VEM A MÚSICA?
A música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a base de toda expressão musical.
Sem ritmo não há música. É o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível.
A Música sempre esteve presente na vida das pessoas, seja por peças grandemente elaboradas, como em simples letras cantaroladas pelas crianças, ou até mesmo pela melodias dos pássaros.
Algumas hipóteses são levantadas quando se fala do surgimento da música. Alguns autores defendem que ela surgiu a partir da imitação dos cantos dos pássaros, outros defendem a música como forma de confraternização religiosa, com o uso de tambores e outros instrumentos rústicos. Outros ainda acreditam que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a música.
De acordo com Bréscia (2003), em algumas civilizações antigas, como a Grécia, o ensino da música era obrigatório e há indícios que naquela época já havia pequenas orquestras. Os gregos acreditavam que determinada combinação de sons poderia até curar algumas enfermidades. Outro ponto interessante é a Bíblia. Nela encontramos diversas citações que falam da música principalmente como forma de adoração em Cultos religiosos.
Atualmente existem diversas definições para música. Mas, de um modo geral, ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações emocionais, matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e combinações.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


                                                       MÚSICA E LUDICIDADE


A música como aspecto lúdico influencia diretamente no processo de alfabetização,constituindo-se como um meio integrador, motivador e facilitador deste processo. A música como atividade criativa pode estimular o desenvolvimento da capacidade afetiva e cognitiva do indivíduo, compondo-se como um excelente recurso estimulador da leitura de textos. Nesta perspectiva, o objetivo desta pesquisa surgiu da necessidade de estudar a importância da música, das brincadeiras e dos brinquedos no desenvolvimento infantil considerando seus aspectos lúdicos, tendo como foco principal a influência dessa prática na aprendizagem da leitura e da escrita. A observação, durante o período de estágio em Educação Infantil, do constante uso de música, brincadeiras e brinquedos como instrumento auxiliar no processo de alfabetização e nossos estudos acerca da importância da presença lúdica em salas de aula, levou-nos a acreditar que esse tema é importante, pois investiga a influência da música como estímulo à leitura, à expressividade e à afetividade.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Recreação Musical Infantil
A música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa linguagem. Tem sido, em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos: lavar as mãos antes do lanche, escovar os dentes, respeitar o farol etc.; a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo simbolizados no dia da árvore, dia do soldado, dia das mães etc.; a memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores etc., traduzidos em canções. Constata-se uma defasagem entre o trabalho realizado na área de Música e nas demais áreas do conhecimento, evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e à elaboração musical. A música está presente em diversas situações da vida humana. Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde muito cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais.

Compreende-se a música como linguagem e forma de conhecimento.
Exemplos: “Eu com as quatro”, “No velho Oeste”, “Fui à China” etc.
A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.