segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

                                                                   O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
A experiência com música deve acontecer antes do aprendizado do código convencional. Na música podemos perceber, sentir, imitar, criar e refletir. Ela mexe com os nossos sentidos e pode interferir no nosso modo de agir e pensar.
A música tem um papel importantíssimo no processo de formação de um indivíduo. É muito valioso que crianças tenham contato com esta arte desde pequenas, e que ela seja inserida no currículo escolar.
Muitos professores usam a música para ensinar conteúdos de geografia, história e até matemática aos seus alunos. No processo de alfabetização, isso acontece ensinando as letras, brincando com as palavras em forma de música, o que é também uma forma de chamar a atenção daqueles alunos inquietos na sala de aula.
Mas a música na educação tem muito mais importância do que isso, cientificamente comprovado, ela estimula diversas áreas do cérebro, e facilita o aprendizado. A iniciação musical é de extrema importância, e ela deve acontecer o mais cedo possível.
Desenvolver a musicalidade nas crianças com a faixa etária de 3 a 10 anos é muito importante não só para que se tornem artistas de grande talento, mas para que outras áreas do cérebro sejam estimuladas também.
De acordo com Gardner a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área de raciocínio lógico-matemático, pois as conexões nervosas acionadas ao se executar uma obra clássica são muito próximas daquelas usadas ao se fazer uma operação aritmética ou lógica. A música é uma das ferramentas mais potentes para estimular os circuitos do cérebro. Além disso, contribui para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
A música compõe o cotidiano do ser humano por sermos envolvidos emocionalmente pela letra e melodia. Ela libera em nós personagens que são carregados sem ter a consciência de que existem (inteligência intrapessoal). Fazendo uso deste poder da música sua utilização no aprendizado de novas línguas pode ser bem sucedida. A música pode ainda ser usada apenas como uma ferramenta lúdica, se levada em consideração, à hipótese de que o aprendizado ocorre como resultado de um processo sem tensão ou ansiedade. Pode-se afirmar ainda, que a música contribui para aumentar a qualidade da relação entre professor e aluno (inteligência interpessoal).
O uso apropriado da música como ferramenta didático-pedagógica oferece aos alunos a oportunidade de integração das quatro habilidades da língua: ouvir, falar, ler e escrever, bem como permite a revisão de vocabulário e estruturas gramaticais, pois retratam a língua no seu contexto real (inteligência lingüística). Além disso, permite aos alunos a discussão dos aspectos lingüísticos e culturais da língua encontrados na letra.





                            MUSICALIZAÇÃO: FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO SABER
A musicalização é um processo de construção do conhecimento musical, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, estimulando e contribuindo para a formação física e emocional do indivíduo. A música sempre deve estar interligada a outros tipos de arte, como por exemplo, a pintura, escultura, teatro e dança. A educação musical deve ser inter e multidisciplinar, assim como as técnicas pedagógicas, adaptadas a cada realidade, sem esquecer-se do conteúdo humano e social da música.
Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção. Um exemplo é usar técnicas teatrais durante o canto. Pode-se pedir para que elas imitem um animal ou o movimento de um carro.
Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a seqüência de movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata do que acabou de ser dito, mas que por vezes torna-se difícil pelo acúmulo de informações.
Não podemos nos esquecer também que para a aprendizagem ser eficiente é necessário que tenhamos uma metodologia adequada para determinado público. É necessário dividir a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto com as demais aprendidas.


                                                                            DE ONDE VEM A MÚSICA?
A música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São eles o ritmo, a harmonia e a melodia. Entre esses três elementos podemos afirmar que o ritmo é a base de toda expressão musical.
Sem ritmo não há música. É o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia.
A harmonia, segundo elemento mais importante, é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia de vozes humanas que surgiu a música instrumental.
A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível.
A Música sempre esteve presente na vida das pessoas, seja por peças grandemente elaboradas, como em simples letras cantaroladas pelas crianças, ou até mesmo pela melodias dos pássaros.
Algumas hipóteses são levantadas quando se fala do surgimento da música. Alguns autores defendem que ela surgiu a partir da imitação dos cantos dos pássaros, outros defendem a música como forma de confraternização religiosa, com o uso de tambores e outros instrumentos rústicos. Outros ainda acreditam que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a música.
De acordo com Bréscia (2003), em algumas civilizações antigas, como a Grécia, o ensino da música era obrigatório e há indícios que naquela época já havia pequenas orquestras. Os gregos acreditavam que determinada combinação de sons poderia até curar algumas enfermidades. Outro ponto interessante é a Bíblia. Nela encontramos diversas citações que falam da música principalmente como forma de adoração em Cultos religiosos.
Atualmente existem diversas definições para música. Mas, de um modo geral, ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações emocionais, matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e combinações.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


                                                       MÚSICA E LUDICIDADE


A música como aspecto lúdico influencia diretamente no processo de alfabetização,constituindo-se como um meio integrador, motivador e facilitador deste processo. A música como atividade criativa pode estimular o desenvolvimento da capacidade afetiva e cognitiva do indivíduo, compondo-se como um excelente recurso estimulador da leitura de textos. Nesta perspectiva, o objetivo desta pesquisa surgiu da necessidade de estudar a importância da música, das brincadeiras e dos brinquedos no desenvolvimento infantil considerando seus aspectos lúdicos, tendo como foco principal a influência dessa prática na aprendizagem da leitura e da escrita. A observação, durante o período de estágio em Educação Infantil, do constante uso de música, brincadeiras e brinquedos como instrumento auxiliar no processo de alfabetização e nossos estudos acerca da importância da presença lúdica em salas de aula, levou-nos a acreditar que esse tema é importante, pois investiga a influência da música como estímulo à leitura, à expressividade e à afetividade.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Recreação Musical Infantil
A música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa linguagem. Tem sido, em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos: lavar as mãos antes do lanche, escovar os dentes, respeitar o farol etc.; a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo simbolizados no dia da árvore, dia do soldado, dia das mães etc.; a memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores etc., traduzidos em canções. Constata-se uma defasagem entre o trabalho realizado na área de Música e nas demais áreas do conhecimento, evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e à elaboração musical. A música está presente em diversas situações da vida humana. Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde muito cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais.

Compreende-se a música como linguagem e forma de conhecimento.
Exemplos: “Eu com as quatro”, “No velho Oeste”, “Fui à China” etc.
A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.





                               MÚSICA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
Ao acompanhar a música com gestos ou dançar a criança estará trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela estará descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
Atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, sendo fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.
No ensino da música, essa linguagem musical deve ser um dos meios para alcançar a educação de pessoas criativa e crítica, e os bons resultados serão obtidos pela adequação das atividades, pela postura reflexiva e crítica do professor, facilitando a aprendizagem, propiciando situações enriquecedoras, organizando experiências que garantam a expressividade infantil.
Brito (2003) vê a importância de que não só o professor deve pesquisar, mas que a criança também seja estimulada para isso. Ao educar, caberá enriquecer seu repertório musical criando e ampliando os caminhos com diversos recursos como disco e materiais para a construção musical e para serem explorados, observar o trabalho de cada criança e planejar atividades que envolvam músicas de diferentes povos, de diferentes épocas, de diferentes formas, de diferentes compositores permitindo assim, conhecer melhor a nós mesmo e ao outro - próximo ou distante. Seu trabalho deve ser criativo, despertando a motivação da criança, imaginando novas possibilidades de aprendizado e facilitando as atividades dos alunos, quando solicitado.
A audição poderá ser trabalhada com mais detalhes, acompanhando a ampliação da capacidade de atenção e concentração das crianças. A apreciação musical poderá propiciar o enriquecimento e ampliação do conhecimento de diversos aspectos referentes à produção musical: os instrumentos utilizados; tipo de profissionais que atuam e o conjunto que formam (orquestra, banda, coral, etc.); gêneros musicais como: clássico, eletrônico, jazz, pop, popular, romântico, etc.
Atividades como ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos, etc. despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atender as necessidades de expressão que passam pelas esferas afetiva, estética e cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais elaborados.
Sendo assim, as atividades de exploração sonora devem partir do ambiente familiar da criança, passando depois para ambientes diferentes. Um exemplo de atividades que o professor pode fazer é pedir para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor, depois elas podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram. Também podem fazer um passeio pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons característicos de cada lugar.

Portanto, antes de oferecer à criança um método, um instrumento em escolas ou conservatórios, é preciso trabalhar nelas o ouvir, escutar, perceber, descobrir, imitar, repetir os sons, isto é, construir seu conhecimento sobre música, pois antes das regras musicais, deve vir a vivência, a familiaridade com os sons e suas particularidades.
                            ATIVIDADES QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS EM SALA


  •  Amarelinha musical: A amarelinha será formada por bambolês ou EVA dispostos na formação original da amarelinha, em vez de números serão utilizadas em cada círculo as notas musicais que serão pintadas no chão com tinta guache e terá como objetivo ensinar a diferença de timbres, exemplo e também a exploração das notas através da música Dó, Ré, Mi, Fá entre outras que serão cantadas em pelo menos dois timbres graves e agudos enquanto pulam além de explorar os movimentos, como pular em um só pé.




  • Confecção de chocalhos: Com  garrafas pet de 200ml, latinhas de Nescau, caixinhas de fósforo entre outros, para encher com grãos diversos, decorar e lacrar com fita adesiva coloridaEm seguida algumas cantigas serão tocadas no violão pela estagiária que orientará os alunos a acompanharem as musicas com os chocalhos confeccionados por eles, obedecendo o ritmo e o tempo das canções.






  • Confecção de borboleta: Desenho de uma borboleta em papel impresso as crianças colarão papel crepom na mesma em seguida a borboleta será recortada pelas crianças e coladas em palito de churrasco para que as crianças possam manuseá-las reproduzindo o voo da mesma ao som da sinfonia de Mozart, na qual as mesmas serão orientadas a ao ouvir as notas mais agudas balançar as borboletas para cima e nas notas mais graves balançar as borboletas para baixo acompanhando a música que estará sendo executada Objetivo da borboleta será mostrar às crianças a intensidade/tonalidade dos sons: graves, médios e agudos.





Para uma visão cognitivista, o conhecimento musical se inicia por meio da interação com o ambiente, através de experiências concretas, que aos poucos levam à abstração (ROSA, 1990, p.15).